Essa série de obras, intitulada “Alumínio Reutilizado”, constitui uma pesquisa artística dedicada a experimentar o uso de materiais reciclados, ao mesmo tempo em que incita reflexões sobre questões socioambientais relacionadas ao futuro de nosso planeta. O foco principal está no acelerado processo de mudança climática e seus efeitos devastadores. O artista optou por empregar alumínio, obtido de latas de bebidas, para criar composições geométricas.

Para dar forma às peças, o artista utilizou estilete e tesoura, recortando formas inspiradas em suas pinturas geométricas autorais e conectadas às suas raízes no graffiti. Após moldar as placas de alumínio, as formas foram organizadas e fixadas com grampos sobre uma base de madeira. Como toque final, o artista usou um marcador de punção alfanumérico para gravar textos diretamente no alumínio. Essa fusão entre texto e formas estabelece uma ligação crucial, evocando a essência da escrita característica do graffiti. Cada obra da série apresenta um texto exclusivo relacionado às problemáticas abordadas pelo tema da série.

Nesta obra, o texto "Acordo de Paris" foi gravado sobre o alumínio, fazendo referência ao tratado global adotado em dezembro de 2015 por 195 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O Acordo de Paris estabeleceu um quadro global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e manter o aumento da temperatura global abaixo de 2 °C em relação à média pré-industrial. No entanto, as metas do acordo não foram cumpridas, e é justamente essa falha que a obra busca destacar, provocando o público a refletir sobre as consequências do não cumprimento, que resultam no aumento global da temperatura do planeta.

Nesta obra, foi gravado sobre o alumínio, de forma provocadora, o texto “Dados Ambientais”, em referência às informações oficiais sobre o meio ambiente fornecidas pelo governo brasileiro. O texto também faz alusão às formas de cubo presentes na obra, que se assemelham a dados de jogo.

Na obra, foram investigadas as temperaturas extremas registradas pelos órgãos climáticos oficiais do país, revelando que em 05 de outubro de 2020, a cidade de Nova Maringá–MT, alcançou a temperatura recorde de 44,6 °C. Esses dados foram inscritos à mão na obra com um marcador alfanumérico de punção, em uma abordagem semelhante às lembranças de artesanato comumente encontradas em locais turísticos. O objetivo principal do trabalho é criar uma representação tangível das altas temperaturas, evidenciando seu impacto no futuro do planeta e estimulando a reflexão sobre o problema.

Na obra, foram investigadas as temperaturas extremas registradas pelos órgãos climáticos oficiais do país, revelando que em 21 de novembro de 2005, a cidade de Bom Jesus–PI, alcançou a temperatura recorde de 44,7 °C. Esses dados foram inscritos à mão na obra com um marcador alfanumérico de punção, em uma abordagem semelhante às lembranças de artesanato comumente encontradas em locais turísticos. O objetivo principal do trabalho é criar uma representação tangível das altas temperaturas, evidenciando seu impacto no futuro do planeta e estimulando a reflexão sobre o problema.

Na obra, foram investigadas as temperaturas extremas registradas pelos órgãos climáticos oficiais do país, revelando que em 19 de novembro de 2023, a cidade de Araçuaí–MG, alcançou a temperatura recorde de 44,8 °C. Esses dados foram inscritos à mão na obra, em uma abordagem semelhante às lembranças de artesanato comumente encontradas em locais turísticos. O objetivo principal do trabalho é criar uma representação tangível das altas temperaturas, evidenciando seu impacto no futuro do planeta e estimulando a reflexão sobre o problema.

Neste trabalho em particular, a frase "Super El Niño" foi gravada, sinalizando a recente intensificação desse fenômeno climático. O objetivo é instigar a reflexão do público sobre este problema e seus impactos no cotidiano da população mundial, além de provocar considerações sobre como isso pode estar relacionado às ações humanas que alteram o meio ambiente.

Nesta peça, as palavras "Antropoceno, Capitalismo, Capitaloceno, Humano, CO₂-CH₄-N₂O, Efeito Estufa, Aquecimento Global e Fim" criam um padrão intrigante. Esse arranjo linguístico é profundamente relacionado ao conceito de "Capitaloceno", uma crítica à noção convencional do Antropoceno. O "Capitaloceno" representa a compreensão de que a ação humana está intrinsecamente entrelaçada com relações políticas e econômicas de poder e desigualdades, particularmente no contexto do capitalismo global. O uso dessas palavras sugere uma narrativa que aborda a influência humana nas mudanças climáticas e a ameaça iminente ao nosso planeta.

Neste trabalho, a frase "Não ao PL 490" foi gravada, referindo-se ao projeto de lei 490/2007 da Câmara dos Deputados, atualmente em tramitação no Senado Federal sob o número 2903/2023. Esse projeto visa restringir a demarcação de terras indígenas e estabelecer o marco temporal, uma tese jurídica que limita os direitos territoriais dos povos indígenas. Ao se opor a esse projeto, o artista expressa seu apoio à causa indígena, reconhecendo que sua aprovação poderia resultar em maior degradação e destruição do meio ambiente, uma vez que os povos indígenas historicamente atuam como preservadores das terras que ocupam.